quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Gamma Ray


Kai Hansen é considerado por muitos como uma das figuras mais importantes que surgiram no heavy metal desde o final da década de 80. E não é para menos...... No começo dos anos 80, Kai Hansen e mais 3 amigos, Piet Sielck (guitarra), Marcus Grosskopf (baixo) e Ingo Schwitchenberg (bateria) formaram a banda Gentry, em Hamburgo, Alemanha. Pouco tempo depois, Piet saiu da banda para se tornar engenheiro de som e produtor para diversas bandas. Para seu lugar foi chamado Michael Weikath e, com essa formação, mudaram o nome da banda para Helloween. Gravaram o primeiro disco com Kai Hansen fazendo os vocais e tocando guitarra, mas ele sentia dificuldade em exercer as 2 funções. Com isso passaram a procurar um vocalista, sendo que Ralph Scheepers chegou a cumprir esse papel durante parte dos shows até encontrarem um vocalista definitivo. Acabaram achando o promissor Michael Kiske, com 18 anos na época, que assumiu os vocais do Helloween. Com essa formação gravaram 2 álbuns clássicos do heavy metal, as partes 1 e 2 de "Keepers Of The Seven Keys", com um estilo inédito até então que revolucionou o power metal. Essa obra serviria de inspiração para diversas novas bandas que seguiram o estilo, dando origem ao "metal melódico". Em 1988, pouco tempo depois do sucesso dos "Keepers...", Kai resolve deixar o Helloween e iniciar um projeto solo.


Em 1989 Kai se encontrou novamente com Ralf Scheepers e o convenceu a deixar sua banda, Tyran Pace, e se tornar vocalista do seu projeto, denominado Gamma Ray. Uwe Wessel (baixo) e Mathias Burchardt (bateria) também se juntaram à equipe. Com estes três e outros colaboradores (os mais notáveis, Piet Sielck e Dirk Schlächter), Hansen gravou seu primeiro álbum. Originalmente, Hansen não quis começar uma nova banda, apenas um projeto solo do qual ele e Scheepers eram membros. "Heading for Tomorrow" foi lançado em Fevereiro de 1990. Hansen não queria fazer nenhuma tour para promover o álbum, contudo mudou de idéia e recrutou dois novos membros. Dirk Schlächter, que tocou baixo em várias músicas em "Heading For Tomorrow", era um amigo de Hansen da época de faculdade. Mudando seu primeiro instrumento de escolha, Dirk se tornou o segundo guitarrista. Uli Kush (ex-Holy Moses) substituiu Mathias que deixou a banda para se concentrar mais em seus estudos.


A nova line-up lançou o EP "Heaven Can Wait" em setembro de 1990. Em setembro de 1991 sairia "Sigh no More". Esse é um álbum mais sombrio, que reflete um pessimismo não característico do Gamma Ray naquela época, devido a Guerra do Golfo. Logo após terminarem a "Sigh No More Tour", Uli e Uwe decidiram deixar o Gamma Ray, por causa de diferenças irreconciliáveis. Uli imediatamente foi para o Helloween, substituindo Ingo Schwichtenberg. Perdida sua seção rítmica, Kai precisava achar alguém. Jan Rubach (baixo) e Thomas Nack (bateria) da banda Anesthesia foram os escolhidos. O Gamma Ray reformado começou a gravar seu terceiro álbum. Em Junho de 93, "Insanity and Genious" foi lançado. Com um som mais hard e agressivo, a estranha variedade de canções definiu bem o título do disco. Contudo, em 1994, ocorreram mais mudanças no line-up. Ralf Scheepers saiu da banda. Hansen assumiu a posição de vocalista, mas continuou na guitarra. A intençaõ de Scheepers era substituir Rob Halford no Judas Priest, mas, como isso não aconteceu, ele formou sua própria banda, o Primal Fear.

Em Maio de 95, o Gamma Ray lança "Land of the Free", saudado como um dos melhores álbuns do ano. O álbum incluía a participação convidados especiais como Hansi Kürsch (Blind Guardian) em "Farewell" e Mike Kiske (ex-Helloween) em "Time to Break Free". Seguindo o lançamento do álbum, deu-se início uma longa tour, que só terminou em Novembro de 1996. Durante os intervalos da tour, Hansen achou tempo pra trabalhar com Adrian Smith (ex-Iron Maiden) e Michael Kiske no projeto solo de Kiske, o álbum "Instant Clarity". Kai dividiu as guitarras com Smith em algumas faixas e até ajudou a compor uma canção (New Horizons). Em abril, o Gamma Ray lançou seu primeiro disco ao vivo oficial, "Alive 95" e gravou duas canções para os dois volumes do Tributo ao Judas Priest ("Victim of Changes" e "Exciter"). Apesar das colaborações de Scheepers e Kiske em 95 e em 96, o Gamma Ray deixou bem claro que nenhum dos dois iria voltar para a banda. Mais mudanças balançaram a banda na segunda metade de 96. Dirk tinha sido um baixista antes de se juntar ao Gamma Ray e desejava retornar ao seu instrumento. Com isso, Jan Rubbach decidiu deixar o grupo e se juntar à sua velha banda, o Anesthesia. O momento não poderia ser pior já que uma tour agendada para a Espanha tinha que começar em setembro. Embora Dirk tocasse baixo a banda ainda precisava de outro guitarrista. Hansen contou com a ajuda de Henjo Richter. Mas Thomas também informou que terminaria a tour e deixaria a banda.


Enquanto Hansen escrevia material para o próximo álbum do Gamma Ray e procurava por um novo baterista, achou tempo para trabalhar com o projeto de Piet Sielck, que voltou a tocar guitarra e montou sua banda, o Iron Saviour. Tocando guitarra e ocasionalmente cantando, Hansen era integrante fixo do Iron Savior. O baterista que o Gamma Ray procurava foi sugerido por Dirk: Daniel Zimmermann, da banda Lancer. Kai e Dirk produziram um álbum para a banda de Dan mais cedo, e Schlächter se lembrava de seu incrível talento. Com o time reassegurado, o Gamma Ray se concentrou para terminar seu novo álbum. Encarado como um desafio, "Somewhere Out In Space" foi lançado em 1997. Hansen & Cia. fizeram o que parecia impossível: fizeram um álbum do mesmo nível de "Land Of The Free". O disco trouxe várias músicas que se tornaram sucesso imediato, como "Valley Of The Kings" e "Beyond The Black Hole" e a faixa-título.Após mais uma extensa turnê, o grupo volta a se reunir no Hansen Studios para a preparação do próximo álbum.


Em 1999 é lançado "Power Plant", outro disco muito bem recebido pelos fãs, com músicas que se tornaram obrigatórias nos shows da banda, como "Gardens Of The Sinner", "Send Me a Sign" e "Heavy Metal Universe". Na turnê desse álbum, o Gamma Ray se apresentou pela primeira vez em terras tupiniquins. Com a formação estabilizada com Kai Hansen, Henjo Richter, Dirk Schlächter e Dan Zimmermann, o Gamma Ray lançou, em 2000, "Blast From The Past", uma espécie de "Best Of" mas com todas as músicas antigas regravadas em novas versões e com nova produção. Em 2002 sai mais um álbum de inéditas, o ótimo "New World Order", onde se percebe uma certa mudança na sonoridade da banda, mais agressiva e direta. Da turnê que se seguiu foi concebido mais um álbum ao vivo: "Skeletons In The Closet", lançado em 2003. Para promover o disco, o Gamma Ray voltou ao Brasil para mais apresentações, tendo o Masterplan como banda de abertura. Finalmente, após 3 anos sem materia inédito, em 2005 é lançado "Majestic", que segue as tendências de "New World Order" como o álbum mais pesado da banda. Em novembro de 2005, pela terceira vez o Gamma Ray volta ao Brasil para mais algumas apresentações memoráveis.

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